A noção de paisagens musicais torna possível entender a actividade musical a partir de uma perspectiva contextual mais abrangente. Permite reconstituir contextos, circuitos e mapear para lá da presença de música e de músicos, tomando música como uma actividade social, política e cultural. O perímetro urbano respeitante à actividade musical das igrejas, conventos, outras instituições religiosas, e as praças ou teatros, criam uma paisagem musical particularmente rica no caso de Évora.

O projecto está centrado na cartografia de todos os acontecimentos musicais possíveis da cidade de Évora de 1540 (criação do arcebispado de Évora) a 1910 (início da República em Portugal). Propõe-se a construção de uma base de dados interactiva e a compilação de documentos audio-visuais que permitam o visitante experimentar na cidade itinerários temáticos, através de várias plataformas tais como as apps (smartphones), para poder enriquecer a observação de locais da cidade.